terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Tigela de Madeira

Um senhor idoso foi morar com seu filho, nora e um netinho de quatro anos de idade;
As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes.
A família comia reunida à mesa;
Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de comer;
Ervilhas rolavam de sua colher e caiam no chão;
Quando pegava o copo, o leite era derramado na toalha da mesa;
O filho e a nora se irritavam com a bagunça;
- Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai, disse o filho.
- Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão"
Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha; ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação.
Depois que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira.
Quando a família olhava para o avô, sentado ali sozinho quieto, percebia que às vezes, ele tinha lágrimas nos olhos.
Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas, quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.
O menino, de quatro anos de idade, assistia a tudo em silêncio.
Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno, estava no chão, manuseando pedaços de madeira;
Perguntou delicadamente, à criança:
- "O que você fazendo? "
O menino respondeu, docemente:
- "Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."
O garoto, sorriu e voltou ao trabalho.
Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que eles ficaram mudos;
Então, lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.
Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito.
Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente o conduziu à mesa da família.
Dali em diante e até o final de seus dias, ele comeu todas as refeições com a família;
E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando um garfo caia, leite era derramado ou a toalha da mesa sujava.
De uma forma positiva, aprendi que não importa o que aconteça, ou quão ruim pareça o dia de hoje, a vida continua e, amanhã será melhor.
Aprendi que se pode conhecer bem uma pessoa,pela forma como ela lida com três coisas:
- Um dia chuvoso;
- Uma bagagem perdida;
- e os fios das luzes de uma árvore de Natal que se embaraçaram.
Aprendi que, não importa o tipo de relacionamento que tenha seus pais; você sentirá falta deles quando partirem;
Aprendi que "saber ganhar" a vida não é a mesma coisa que "saber viver";
Aprendi que a vida, às vezes, nos dá uma segunda chance;
Aprendi que viver não é só receber, é também dar;
Aprendi que se você procurar a felicidade, vai se iludir,
Mas, se focalizar a atenção na família, nos amigos, nas necessidades dos outros, no trabalho e procurar fazer o melhor, a felicidade vai encontrá-lo;
Aprendi que sempre que decido algo com o coração aberto, geralmente acerto;
Aprendi que quando sinto dores, não preciso ser uma dor para os outros.
Aprendi que diariamente preciso alcanças e tocar alguém;
As pessoas gostam de um toque humano:
- Segurar na mão;
- Receber um abraço afetuoso ou simplesmente...
- Um tapinha amigável nas costas.
Aprendi que ainda tenho muito a oferecer.

1 comentários:

Anônimo disse...

bom dia ! sou estudante de serviço social gostaria muito de poder estagiar em alguma casa meu estagio é obrigatorio por tanto nao é remunerado eu moro na regiao do sao cristovao meu email paulapetala@hotmail.com

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Desenhado Por SFBT; Editado e adaptado por Davidson P. A.